Ao andar pela Rua Frutuoso Guimarães, no movimentado centro comercial de Belém, é praticamente impossível passar incólume pelo cheiro que exala de dentro do casarão antigo, construído no centro do quarteirão. É uma mistura de fragrâncias, rapidamente reconhecidas pelos bons paraenses e que desperta a curiosidade de quem é de fora. Ali, no número 270, funciona uma das mais antigas perfumarias em atividade no Pará: A Orion Perfumaria.

A empresa, que é referência no ramo da perfumaria, motivada pela própria fama na cidade e o típico aroma dos seus produtos. Tem como proprietário, Manuel Santos, que herdou a empresa da família. A loja foi fundada em 1927 por Antônio Santos Agra Gomes, tio-avô de Manuel, que por aqui chegou em 1914, vindo de Portugal. Em 1955, o pai de Manoel resolveu vir também para o Brasil e acabou assumindo o negócio do tio. A iniciação do atual administrador ao negócio só veio mesmo em 1987, quando veio para o Brasil. 

Manuel é responsável pela compra da matéria prima dos produtores (alguns são parceiros há mais de 50 anos). A partir dos produtos (a maioria do Pará mesmo), é feito todo o trabalho manual de transformação das essências, que são misturadas para dar origem aos perfumes (ou são vendidas na forma bruta para quem gosta de fazer sua própria fragrância). São 34 colônias com aromas diferentes. Além das essências, Manuel diz que existem alguns ingredientes guardados no armário, mas são secretos.

Hoje, a maior propaganda, afirma Manuel, quem faz são os clientes. “Nós vendemos na própria loja e também exportamos para outros estados, mas 70% são vendidos aqui”, confirma. “O paraense gosta de se perfumar, principalmente com cheiros daqui”. O maior período de venda é o mês de outubro, por causa do Círio de Nazaré. 

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